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Prefeito do Maranhão é acusado de realizar aborto ilegal sem consentimento

Foto: Reprodução / G1

A delegada Daniela Caldas afirma que não há dúvidas de que um aborto ocorreu em motel do Maranhão.

O prefeito de Carolina, no Maranhão, e médico, Erivelton Teixeira, está sendo processado por supostamente realizar um aborto ilegal sem o consentimento da vítima, com quem mantinha um relacionamento amoroso.

De acordo com a investigação, o caso ocorreu em um motel, em condições insalubres para o procedimento médico. A vítima alega que caiu em uma armadilha e, seis anos após o ocorrido, Erivelton Teixeira tornou-se réu no caso.

O episódio aconteceu em março de 2017, na cidade de Augustinópolis, no Tocantins, onde o casal se encontrou pela primeira vez após descobrir que teriam um filho.

Rafaela Maria Santos, a vítima, estranhou o local escolhido pelo prefeito, já que costumavam se hospedar sempre no mesmo hotel.

Na ocasião, Erivelton Teixeira estava em seu primeiro mandato como prefeito e, como médico, costumava carregar um aparelho de ultrassom portátil. A desculpa era realizar um exame de ultrassom em Rafaela no quarto do motel.

Segundo o Ministério Público do Tocantins, a verdadeira intenção do prefeito era realizar um aborto sem o consentimento da gestante.

Rafaela demorou nove meses para registrar um boletim de ocorrência, no qual relata que Erivelton a teria sedado com a desculpa de realizar um exame de sangue. Após a segunda dose do sedativo, Rafaela perdeu a consciência e, conforme a polícia, o prefeito teria realizado o aborto no local.

A delegada Daniela Caldas afirma que não há dúvidas de que um aborto ocorreu no motel, com base no depoimento das testemunhas. Outro suspeito de participação no crime é o vereador Lindomar da Silva Nascimento, que era motorista de Erivelton Teixeira à época.

Em nota, a defesa de Erivelton Teixeira e Lindomar Nascimento alega que seus clientes não foram notificados da ação penal e que confiam em um julgamento justo.

Os Conselhos Regionais de Medicina do Maranhão e do Tocantins não têm registro de Erivelton Teixeira como obstetra e não se pronunciaram sobre as denúncias contra o prefeito de Carolina.

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